A vida em conflito: Realizando um sonho


1°Capitulo – Jogo 1

- Oi gata. Vamos sair um dia? – eu disse para uma menina que passara na minha gente. Ela abriu um sorriso, mas continuou andando.
- Você nunca vai tomar jeito, né? – me perguntou Marcelo.
Estávamos no shopping. Chelse e Marcelo tinham vindo para assistir a um filme para comemorar um mês de namoro. Depois iriam para outro lugar. Eu resolvi passar no shopping no mesmo dia e horário, mas não foi de propósito. Eu só queria sair de casa. Acabei estragando o encontro deles.
- Eu posso fazer tudo. Não tenho compromisso com ninguém. – eu o respondi. Outra menina linda apareceu. Assovie.
- Como você é bobo. – disse Chelse que acabara de sair da loja com várias sacolas. – Pode me dar um ajuda?
- Claro. – disse Marcelo pegando algumas das sacolas dela – Agora podemos assistir o filme?
- Vamos. Pode escolher. – Chelse disse e deu um selinho no Marcelo.
- Quanta melação. – eu disse me sentindo enojado.
- Ninguém mandou você aparecer aqui. – disse Chelse passando por mim com o “nariz empinado” – Agora agüente. – e a seguimos até o cinema. Resolvemos assistir a um filme de ação.
Compramos os ingressos, as pipocas e os refrigerantes. As sacolas dela ficaram guardadas em um lugar especifico no cinema. Entramos na sala e sentamos. O filme começou.
O filme era de ação, mas era um pouco chato. Me distrai muito fácil do filme. Muitas vezes me pegava olhando ao redor. Até que uma das vezes, desejei nunca ter entrado no cinema. Me vi cercado de vários casais se beijando e para todos os lados.
- Que divertido. Com queria não estar aqui. Acho que preferia voltar para aquele jogo do que ver esses casais se beijando. – ao mesmo tempo, uma figura misteriosas saiu da tela. Reconheci como um andarilho.
- Que seu desejo se realize. – disse o andarilho a qual desapareceu em seguida. A tela se apagou e tudo ficou escuro.
- Senhoras e senhores. Tivemos uma pequena queda de energia, mas logo as luzes de emergência se acederam. Não entrem em pânico.
O segurança estava certo. Alguns minutos depois, as luzes se acederam, mas levei um choque de espanto, pois eu não estava mais na sala do cinema. Estava em uma sala vazia. Olhei para o lado. Chelse e Marcelo estavam junto comigo.
- Por que voltamos para o jogo? – perguntou Chelse confusa.
- Como tem certeza que é o jogo? – eu perguntei irritado.
- Bem-vindos ao jogo novamente. – disse uma voz feminina.
- Estamos no mesmo jogo? – perguntou Marcelo mais confuso, assim como eu.
- Sim. Só que agora eu vou ditar as regras substituindo o anterior, mas não pensem que vou facilitar para vocês.
- Será que é a Mila? – perguntou Chelse para mim e para o Marcelo.
- Não. A voz é muito diferente.
- Vamos começar o jogo. A primeira fase não será difícil. – senti algo me levantar, ou melhor, nos levantar. Vi que era uma plataforma. Em baixo, fogo surgiu. Olhei para o lado e vi mais quatro plataformas com alturas variadas.
- O que é isso? – perguntou Marcelo.
- É o jogo. Para passarem de fase. Vocês terão que pular de plataforma por plataforma até chegar na saída, mas só poderão passar para a próxima plataforma se acertar as respostas. – disse a voz feminina.
- Se isso é fácil, não quero ver a difícil. – eu disse.
- Nem eu, mas por que voltamos? Quem desejou? – perguntou Chelse meio irritada.
- Eu. – respondi meio envergonhado – Mas não sabia que vocês viriam também ou que realmente voltaria.
- Deixa quieto. Já que estamos aqui,vamos jogar. Faz a pergunta. – disse Chelse aborrecida. Nunca imaginava que ela ficaria assim. Está certo que nunca fomos amigos, mas, desde que começou a namorar o meu amigo, aprendemos ser amigos. Aprendi a conhecer ela e pelo o que conhecia, ela era uma menina muito paciente.
- Vamos para a primeira charada. O que começou inesperado tornou o desejado. Perdida no escuro, em conflito consigo. Quem é? – disse a voz feminina.
- Mariah. – disse Chelse. Olhei para frente. Um tubo desceu na plataforma seguinte. Subiu depois de uns segundos e tive uma grande surpresa. Mariah apareceu depois que o tubo havia subido. Ela estava confusa.
O fogo começou a esquentar as solas dos nossos pés. Pulamos para junto da Mariah. Chelse a abraçou.
- Mari. Quanto tempo.
- Chel? O que estou fazendo aqui? Estamos no jogo novamente?
- Sim e já começamos a primeira fase. O Leonardo quis voltar. – respondeu a Chelse.
- Que divertido. – disse Mariah sarcasticamente – Como é a fase?
- Temos que responder uma charada a cada plataforma para passarmos para a próxima fase. – eu respondi dando o beijo no rosto dela. Ela me afastou e me fuzilou com os olhos.
- Você fica longe de mim. – disse ela irritada.
- O que aconteceu. – quis saber Chelse.
- Eu... – tentei responder, mas a Mariah me cortou.
- Nada.
- O que nos guia para a solução ou resgate? – disse a voz feminina interrompendo nossa conversa.
- Cérebro. – disse o Marcelo. A plataforma desceu um pouco e quase todos caíram por falta de equilíbrio.
- Não. É o coração. – disse Mariah pensativa. Nossa plataforma começou a queimar e pulamos para a seguinte.
- Lutou sempre, conseguiu depois. Foi agredido, mas fez a agressão. – perguntou a voz feminina.
- Alexandro. – disse Mariah e eu ao mesmo tempo. Ela me fuzilou com os olhos, mas percebi que ela estava confusa e surpresa.
O tubo desceu novamente e subiu. Apareceu o Alexandro. Fiquei feliz, pois teria alguém para eu irritar, mas também fiquei triste, pois...
- Vem logo Leonardo. – disse Marcelo já na outra plataforma com os outros. Essa plataforma estava mais alta. Saltei e me pendurei na borda. Minha mão estava suada por causa do calor que estava fazendo naquela sala. Por esse motivo quase cai nas chamas, mas uma mão me pegou e me ajudou a subir na plataforma. Quando vi quem era, fiquei muito confuso e com raiva. Foi o Alexandro.
- Ultima charada para vocês passarem. Fica só em um retângulo, mas pode ser você. – uns segundos se passaram em total silencio. Até que o silencio foi quebrado.
- Reflexo. – disse Chelse. A plataforma desceu um pouco, derrubando quase todos nós.
- Espelho. – corrigiu o Alexandro. A porta a nossa frente se abriu e a atravessamos.