Loucuras levam ao amor


Prólogo: “Sentimentos? O que é isso? Era essa pergunta que eu fazia, até chegar nesse dia. O dia mais doloroso da minha vida. O dia em que minhas perguntas foram respondidas. O dia que minha vida mudou para melhor.”

Prólogo 2: “Menina mal educada. Como se atreve a falar essas coisas? Mas não podia me importar muito, por que minha vida estava em risco, por causa de algo que fiz no passado. Não posso me apegar a essa menina, pois todos ao meu redor e que gostasse correria risco de vida”.

Capitulo 1- Garota rebelde

Meus lábios estavam em um beijo quente. Tudo estava escuro. Só tinha eu e o Diogo, meu namorado há um mês, em meu quarto. Ele estava sentado em minha cama e eu estava de joelhos, beijando-o com fervor.
Meus pais haviam saído. Nossos corpos se entrelaçavam e nos envolvíamos muito, em harmonia. Suas mãos subiam em meus ombros e ele tirava as alças de minha regata, descendo-as. Eu abri sua blusa de frio, beijando-o ainda, e a tirei, jogando-a para o outro lado do meu quarto. Separei nossos lábios por um instante.
- Está prevenido? – eu disse por entre um sorriso malandro, entendendo o que ele estava querendo.
- Todo o sempre. – e ele voltou a me beijar, arrancando a minha blusa e eu tirando a dele.
...

- Menina, você não sabe? – eu disse para a Jaqueline.
- O que? – disse ela me olhando curiosa.
- Fiz com o Diogo.
- E ai? O que sentiu?
- Nada demais. Pensei que seria mais intenso. Pensei que ele era o garoto. – eu disse sentindo a empolgação da noite de ontem se esvaindo.
- Mas vai terminar com ele?
- Não. Não to a fim de ouvir milhares de declarações quando a escola souber que terminei com o Diogo e estou solteira novamente.
- Ninguém mandou ser a garota mais bonita da escola Day e ele já ser o vigésimo dos garotos em cinco meses.
- Mas posso confessar uma coisa?
- Fala. – o sinal tocou e tivemos que subir.
- Depois te falo. Vamos para a aula.
Fomos para a sala. Subimos as escadas em silêncio. Então pude refletir que não deveria confessar os meus verdadeiros desejos para ela, pois eu não sabia se podia confiar muito nela. Não poderia ter a plena certeza de que ela não espalharia para a escola inteira. Se isso acontecesse, precisaria mudar de escola.
Já na sala de aula, enquanto o professor explicava a matéria, eu me vi de olhos abertos, mas só o meu corpo estava presente, pois minha mente estava nos filmes que eu assistia no final de semana, onde acontecia o que eu mais queria. De repente veio uma inspiração e comecei a escrever umas frases:
“A vida sempre está em mudanças”.
“Seus sonhos serão realizados, nem que, para ele se realizar, você tenha que sofrer por isso”.
“Querer algo diferente é normal, só tem que aceitar.”
- O que é isso? Por que estou escrevendo essas coisas? – eu disse em voz alta sem ter percebido. Senti todos os rostos se virando para mim confusos. Olhei para eles e abri um sorriso. Precisava manter minha imagem.
- Que coisas Dayane? – me perguntou o professor muito sério. Achei uma oportunidade para arrumar meu estrago.
- O que você está falando. Essas coisas que nunca precisarei no futuro.
- Por um lado, você tem razão Dayane. Eu também queria saber, porque vocês têm que aprender essas coisas que nunca mais verão, mas eu sou funcionário e você alunos. Nosso dever é cumprir ordem. Então vamos deixar essa historia de lado e continuar a aula de Matemática. – e ele voltou a falar. Eu continuei a só fingir que prestava atenção e comecei a escrever coisas aleatórias na carteira até dar o fim da aula.
A aula terminou e nós fomos embora. Na saída da escola, um braço me parou e pegou minha blusa, me puxando. Fiquei de frente para o dono do braço. Era o Diogo que me lascou um beijo.
- Pensei que você nunca sairia da escola hoje? – disse com o seu rosto bem próximo do meu.
- Há quanto tempo está aqui me esperando? – eu perguntei sorrindo, mas logo o beijei.
- Há uns 15min.
- Que horas você sai da escola?
- No mesmo que a sua, mas consegui sair mais cedo alguns minutos. – ele desceu da minha boca, beijando o meu pescoço. Eu fiquei irritada dele ter saído mais cedo da escola. Por que isso? Não queria o ver? Ou queria que ele estudasse? O que estava acontecendo comigo?
- Ei! Dois pombinhos! Aqui em frente da escola não. – disse o guardinha que fica na portaria.
- O tio. Deixa a gente em paz. – disse o Diogo subindo novamente para os meus lábios.
- É tio. Vai fazer suas coisas. – eu disse retribuindo o beijo.
- Ou vocês vão para outro lugar, ou vou chamar a direção.
- Vamos logo então Day. Já ouço sermão demais em casa.
- Vamos então. – e ele envolveu minha cintura e saímos juntos da escola – Pra onde vamos hoje?
- Que tal em um bar aqui perto? Lá também tem uns amigos meus.
- Vamos então curtir meu amor. – eu disse confiante.
Seguimos para o bar. Lá, Diogo encontrou com os amigos, os cumprimentou e pediu umas cerejas para nós. Sentamos-nos em uma mesa perto do balcão que fica o barman. Por esse motivo, as bebidas logo chegaram e começamos a beber. O melhor é que o dono do bar era o pai de um dos amigos do Diogo, então tínhamos bebida e comida de graça. Ninguém maneirou, enchemos a cara, e quando dei por mim, estávamos todos rindo a toa.
A música começou e eu só queria dançar. Então virei para o Diogo e perguntei:
- Vamos dançar? – eu disse tentado tirar ele da cadeira.
- Não amor. Sabe que eu não danço. – nem liguei para o que ele disse, o puxei com tudo para a pista e começamos a dançar. Trocamos alguns beijos, mas logo o esqueci, pois outro garoto se aproximou de mim e pediu para ficar comigo. Nem pensei e fiquei com esse garoto na frente do Diogo. Dancei com ele e logo veio outro pedir. Aceitei e fiquei com ele na frente do Diogo. Fiz isso muitas vezes e o Diogo só via em silencio. Até que fiquei com o melhor amigo dele.
- Chega Dayane. Vamos conversar lá fora. – eu ri da cara dele.
- Que graçinha. Ta com ciúmes. – e ri novamente. Ele pegou o meu braço e me puxou para fora do bar. Andamos assim até estar fora do bar e eu ria sem parar.
- Por que está fazendo isso? – ele me perguntou sério e com a raiva fervendo em sua face. Não pensei duas vezes para responder.
- Eu cansei de você. Seu encanto acabou para mim. – eu disse com toda a arrogância que sentia.
- Por que simplesmente não terminou comigo?
- Por que não queria aquelas milhares de declarações dos outros meninos. – ele contorceu o rosto deixando claro o seu ódio. Eu quis irritar ele mais ainda – Sabia que você é o vigésimo garoto que fico em 5 meses? E você nem beija bem. E nem parece que você já fez com alguém. – essas palavras foram o fim da culatra. Ele começou a vir para cima de mim como se me fosse bater. Eu me afastei para o meio da rua.
- Vem. Bate em uma menina. Covarde. Ah! E nosso namoro acabou. – ele mudou a face de raiva para preocupação, desespero. Não entendi o por quê.
- Volta para a calçada.
- Nem. Aqui ta bom.
- Dayane, cui...
Foi tudo muito rápido. Olhei para a direção que os carros viam. Com toda a velocidade, um carro vinha para cima de mim. Uma pancada muito forte me derrubou no chão, me fazendo voar para a calçada. Minhas costas pareceram que se partiram. Senti que todos os meus órgãos iriam explodir. Cai com tudo no cimento e bati minha cabeça com tudo em uma pedra. Minha visão estava ficando embaçada, só via dois rostos deformados me encarando e tudo ficou escuro.