1ºCapitulo – Queremos acertar as coisas
- Pede ela em namoro.
- Não estou preparado.
- Mas você já disse tudo o que sente e ela te correspondeu. Por que ainda não pediu ela em namoro?
- Já te falei porque. Não sei se vai durar. Eu que eu sai da escola e ela ainda tem um ano. Como vamos namorar a distância?
- Eu acho assim. Se você gosta realmente dela, vocês darão um jeito.
- Eu concordo com ele.
- Ninguém te chamou na conversa Justin.
- Ele é meu irmão. Tenho direito de opinar. Ele me deu muitos conselhos Alex. Agora eu quero opinar.
- Deixa ele Alex. Ele tem razão. Afinal. Ele é meu irmão e concordou com você. Só por que acabou o namoro de você com a Mari, não precisa descontar no Justin.
- Como vocês acabaram?
- Ela estava quase querendo terminar comigo quando o Leo a beijou. Só não havia terminado antes porque pensava que eu era fiel a ela e ela me amava. Quando descobriu que eu também beijei outra, pensou que eu não gostava mais dela, mesmo eu ter feito tudo que fiz, mas terminou comigo.
- Nossa. Você não tentou voltar com ela. Acertar tudo, provando que ainda a ama? – eu perguntei curioso.
- Não sei o que fazer Justin. Não sei como provar isso. Nem sei se ela ainda gosta de mim ou se já está com outro.
- O que é isso? Você deu vários conselhos para mim e agora não sabe o que fazer? – perguntou o Leonardo.
- O que eu te disso foi o que eu fiz e já tentei falar pra ela que tudo que pensa é mentira, mas ela acha que estou mentindo. Como dizem “Vale mais um ato do que milhões de palavras”. É mais complicado do que parece. – ficamos um minuto em silêncio pensando – Como queria voltar pra aquele jogo e acertar tudo.
- Eu queria é para descobrir se devo ou não pedir a Katty em namoro.
- E eu achar uma menina certa.
Nós estávamos na rampa de skate sentados. À medida que cada um dizia por que queria voltar para o jogo, descia. Não lembro muito bem como, mas quando chegamos à parte curva, um buraco negro apareceu e só vi um andarilho encapuzado dizendo:
- Que seus desejos sejam cumpridos.
Depois disso estávamos em uma sala fechada sem nada e uma voz masculina disse:
- Bem-vindos ao jogo novamente. Vocês pediram e eu concedi.
- Esqueci totalmente que quando desejamos, realmente acontece. – disse o Leonardo. Eu não sabia como era possível, mas que eu estava no jogo novamente estava.
- Que divertido. Mais dez jogos de vida ou morte, mas se me lembro bem, eu falei que queria acertar as coisas com a Mariah.
- E eu queria saber se devo ou não pedir a Katty em namoro.
- E eu achar uma menina que goste de mim.
- Então...cadê as meninas? – dissemos os três ao mesmo tempo.
- Uma coisa de cada vez. Ainda estamos começando o jogo. Primeira fase será para terem mais um companheiro. – disse a voz masculina. A nossa frente apareceu três pessoas presas e inconscientes. Três meninos e todos eu conhecia. Eram meus amigos. Da direita para a esquerda estava o Rafael, Thiago e Eduardo. Todos grandes amigos, mas cada um foi para uma cidade diferente e perdemos contato. Éramos amigos de rua.
- O que isso significa? – quis saber o Alexandro. Uns segundos depois apareceram cortadores em baixo deles.
- A primeira fase é uma escolha para o Justin. Ele só pode escolher um. O mesmo seguirá com ele até o fim do jogo. Justin. Escolha.
- Não. Não posso escolher.
- Se não escolher, Mariah e Katty morrerão.
- Elas já estão aqui? – quis saber o Leonardo.
- Em uma das fases elas estão presas em correntes elétricas que dispara cargas médias de choque a cada dez minutos, a qual se disparar muitas vezes, elas morrem. Uma vez já foi disparado. Então é melhor escolher.
Continuava sem saber quem escolher.
- Se quiser, não escolhe ninguém. – disse o Alexandro.
- Não posso. Se não escolher, não sairemos daqui e vocês não salvarão as garotas. Tudo bem. Escolho o Thiago.
- Certeza? – disse a voz masculina de galã.
- Sim.
- Que sua escolha seja solta. – e o Thiago foi colocado junto com a gente pela mão robô e o Rafael e o Eduardo foram soltos nos cortadores. Fechei os olhos e só senti algo bater na minha cabeça. A voz de galã ria maldosamente. Meus outros amigos morreram esquartejados.
Quando ouvi que os contadores foram desligados abri os olhos. Vi em minha roupa gotas de sangue. Olhei para o Alexandro e para o Leonardo. Ambos estavam paralisados com a imagem da morte dos meus amigos e também tinham gostas de sangue nas roupas.
- Eles se foram mesmo? – eu disse também chocado. Eles voltaram a si.
- Creio que sim. – respondeu o Alexandro pondo o braço direito do meu amigo em seu ombro, o Leonardo o outro braço e o carregaram para a saída. Atravessamos a porta.
