A vida em conflito



  Corria desesperada, sem saber o fim. A escuridão me envolvia por todo o lado. Meu coração estava acelerado.
  - Seu tempo está acabando. – disse uma voz que ecoava no corredor sem fim.
  - Me de uma dica. – eu pedia em prantos para a voz misteriosa.
  - Siga o seu coração. – como ele queria que eu fizesse isso com tanta pressão? Parei de correr e me sentei no chão. Juntei a cabeça com os joelhos e as lagrimas escorreram pelos os meus olhos. “Como eu queria que nada disso tivesse acontecido. Lembro até agora os 4 meninos lutando para conquistar minha atenção e amor, mas eu não gostava de nenhum deles. Até curtia os planos que eles faziam para isso, mas cansei disso. Por que quis mais emoção? Bendito andarilho”.
  - As salas estão ficando mais quentes e logo soltarei o gás mortal. – disse a voz masculina que já estava começando a me irritar.
  - Por que você está fazendo isso? – eu disse ainda chorando, mas agora de raiva.
  - Não foi você que me pediu para tirá-los da sua vida? – eu estava começando a achar que ele estava adorando isso. Adorando o meu sofrimento.
  - Mas não desse jeito. – eu já tinha levantado com a raiva transparecendo em minha face. Imagens dos meninos que estavam presos foram passando pela minha mente.
  Alexandro, moreno de pele e de cabelo. Olhos escuros e corpo forte. Adrew, pele branca e cabelo moreno. Olhos escuros e corpo magro. Zac, pele branca e cabelos loiros claros. Olhos azuis e corpo forte. Harry, pele morena clara e cabelos morenos. Olhos verdes e corpo magro.
  Lembrei como eles estavam sofrendo presos. Juntei forças e corri com tudo, mas não achava a saída. Só a achei quando bati com tudo e cai desacordada no chão.
  “Estava no pátio na minha escola. Adrew tocava uma musica pra mim, na qual parecia mais com uma declaração de amor do que outra coisa. Ele tocava e me olhava com um sorriso carinhoso no rosto. Quando terminou, me perguntou no meio do sorriso:
  - Gostou? – ele perguntou com um sorriso e olhando pra mim. Fiquei meio sem graça.
  - Bonita. Obrigada.
  - Só não é mais bonita que a minha inspiração. – e tentou me dar um beijo. Eu virei o rosto.
  - Vamos. O intervalo já acabou”.
  Eu voltei para o meu filme de terror particular. Levantei-me e estiquei a mão. Toquei no objeto duro. Desci minha mão e encostei em algo comprido na horizontal. Era uma maçaneta. A girei e uma luz invadiu os meus olhos.

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