A vida em conflito: Descobrindo o amor


1°Capitulo – Onde estou?

- Mari. Como foi descobrir seu amor? – eu perguntei para minha amiga de sempre e de todos os momentos. Nós nos encontrávamos no intervalo andando pelo pátio.
- Muito lindo Chel. Tive que passar muitos sofrimentos, mas agora tenho minha recompensa. – ela olhou para frente e o Alexandro, seu namorado desde então, vinha ao seu encontro. Ele a alcançou, a abraçou e se beijaram. Era tão bonito os dois juntos que até esqueci que estava segurando vela.
Agora o Alexandro estava junto comigo e com a Mariah. Ele a abraçava bem pertinho do corpo dele. Aproveitei e resolvi tirar uma curiosidade:
- Alex. Como foi conseguir o que sempre lutou tanto pra ter? – eu disse sorrindo. Mariah ficou meio envergonhada.
- Foi uma das vitorias mais adoradas. Uma conquista que eu não pensava que teria, mas consegui. Apesar... – ele dizia olhando para frente – de você ser bem difícil de conquistar. – disse ele olhando para Mariah com um sorriso malandro.
- É muito lindo isso. – disse a Mariah sorrindo bondosamente.
O dia acabou e eu já estava em casa me preparando para ir dormir. Quando eu já estava deitada, fiquei pensando na vida, de como era linda, mas com os seus obstáculos. E agora eu sentia um vazio dentro de mim e que minha vida estava muito rotineira. Como eu queria mudar um pouco.
Cai no sono e um sonho, que parecia mais realidade do que sonho, começou.
Eu estava na rua, vagando sem rumo. Até que um andarilho encapuzado apareceu na minha frente, mas eu não fiquei assustada.
- O que você quer? – me pergunto o andarilho e, não sei bem porque, eu respondi.
- Queria preencher o vazio em meu ser e mudar, um pouco, minha rotina.
- Que seu desejo seja realizado. – e o andarilho sumiu feito fumaça, literalmente.
Acordei em outro lugar totalmente diferente da minha casa. Era uma grande sala mal iluminada, a qual uma voz engraçada soou.
- Bem-vinda ao meu jogo, onde você passará por uma série de fases, mas antes de você saber qual será a primeira fase, você tem direito a pedir para uma pessoa te acompanhar nesse jogo. – eu não pensei duas vezes.
- Mariah. – eu disse para a voz engraçada.
- Pois muito bem. Você fez uma ótima escolha.
Do nada, ouvi uma porta se abrir atrás de mim. Olhei para onde ouvira. Uma luz invadiu os meus olhos. Em meio a claridade, vi um vulto colocando um corpo no chão. Corri para junto do local que vira a luz. Vi que era uma porta, mas, quando cheguei lá, a porta já tinha se fechado. Virei-me e olhei para onde fora posto o corpo. Era Mariah, a qual se encontrava dormindo tranquilamente. Tive que acordá-la.
- Mari. Acorda. – eu disse para ela, a qual foi abrindo os olhos preguiçosamente.
- Uh? Chel? O que você faz no meu quarto?
- Olha em volta. – ela fez o que pedi e se levantou rapidamente, toda assustada.
- Por que to no jogo novamente? – ela disse irritada.
- Você já esteve aqui? – eu perguntei confusa para ela.
- Lembra que eu disse que eu descobri o que sentia depois de sofrer muito?
- Sim.
- Foi aqui, nesse jogo, que eu descobri o que sentia pelo o Alex, mas para eu descobrir que era um gostar forte, enfrentei vários desafios que colocou minha vida e a dos meninos em perigo. Estava eu, o Alex, o Zac, o Harry e o Andrew.
- Olá minha jogadora veterana. Bem-vinda novamente. – disse a voz engraçada.
- Não pense que só mudando a voz você vai me fazer gostar de você. Para mim você ainda é uma voz irritante. Por que a Chel está aqui?
- Porque ela pediu. – ela se virou para mim confusa. Respondi assustada e confusa.
- Eu não pedi nada. Só tive um sonho em que eu falava com um andarilho. – ela não disse nada e se virou para o nada, irritada e com os braços cruzados.
- Fala logo o que vai ser de uma vez.
- O começo é simples. Dessa vez não será só você ou só ela. Será uma equipe de três. – de três?Mas só tinha duas ali. Olhei para frente e levei um susto. Do nada, uma parede se levantou e pareceu algo que me surpreendeu mais ainda. Nas paredes laterais, tinha vários Alexandros, presos e desacordados. Onde eu havia me mentido?
- O que? Como? – disse Mariah descruzando os braços e abrindo a boca. O desespero e o temor passaram pela face dela.
- A primeira fase eu dei de graça. É simples. Vocês terão que descobrir quem é o Alexandro verdadeiro. Vocês só têm duas chances e 3 minutos. Se descobrirem, passam para a próxima fase. Caso contrário, ele morre eletrocutado.
Mariah paralisou de medo e eu percebi que ela estava em estado de choque, mas eu concordava com a voz. Essa prova não era difícil para a Mariah, pois ela já passou por isso aqui mesmo.
- Mari. Você consegue, eu não, pois os seus sentimentos vão te levar ao certo. Eu vejo como você gosta dele. Você achará. – eu disse para consolá-la com um leve toque em seu ombro. Ela fechou os olhos e as lagrimas começaram a escapar dos seus olhos – Mari. Respira fundo e se acalma. Você vai conseguir. – ela limpou os olhos e seguiu para o corredor. Começou a analisar um por um e tocou um deles. Eu entrei em pânico, pois, assim que ela tocou, todos levaram choques bem forte. Isso os fez gritar e ela tirou a mão rapidamente. Corri para junto dela e a abracei.
- Calma Mari. – eu disse para ela a consolando – Por que eles levaram choques? – eu perguntei para a voz.
- Pelo simples fato desse não ser o verdadeiro. Agora ela só tem uma chance.
- Mas eu não disse que era ele. – ela gritou aos prantos. Eu podia sentir o quanto ela estava sofrendo com isso. Por que fui chamá-la e fazê-la sofrer novamente?
- Vamos Mari. Você consegue. Eu acredito em você e o Alex deve acreditar também. – ela tomou força e voltou a analisar cada um severamente.
Eu estava começando a me preocupar. O tempo estava passando e ela acabara de passar da metade do corredor.
- Você tem um minuto. – disse a voz engraçada. Ela fingiu que não ouvira. Então, finalmente, ela parou, olhou fixamente para um dos Alexandro por um longo tempo. Até que ela o beijou com paixão. No mesmo instante, os outros Alexandros foram sumindo. Percebi que eram ilusões do verdadeiro. O Alexandro que ela beijara foi solto. Ela se abastou e ele caiu no chão. Ela se sentou ao lado dele e colocou a cabeça dele em seu colo. Não corri ainda, pois queria que os dois ficassem um pouco sozinhos.
Vi que ele estava acordando e só me aproximei um pouco para ouvir a conversa.
- Hum? Mari? Sabe o que me faz lembrar deitado assim no seu colo? – ele ainda não tinha levantado.
- O que? – ela respondeu com um sorriso amoroso.
- Quando você me salvou daquela sala quente. – agora ele se sentou, mas junto ele gemeu um pouco de dor – Por que estou dolorido? – olhou em volta – Não me diga que...
- Sim Alex. Estamos de novo naquele jogo mortal. Eu acabei de salvá-lo de morrer eletrocutado, mas não totalmente, pois errei qual era você de primeira. Fiquei tão apavorada – ela encostou a cabeça no ombro dele e começou a chorar – Desculpa.
- Agora a cena está completa. – disse ele sorrindo carinhosamente. Ela se desencostou do ombro dele e o olhou confusa.
- Como?
- Depois que você me salvou, lembra que me pediu desculpas também por ter nos posto naquela confusão. – ela riu e o beijou.
- Agora sim está completa.
- Só espero que dessa vez passemos juntos pela as fases, pois, na ultima vez, você foi envenenada e eu tive que aturar aqueles meninos. Isso não significa que eu os odeio. Mas por que estamos aqui? – ela olhou para mim e ele acompanhou o olhar dela. Fiquei envergonhada, pois, dessa vez, eu era a responsável por estarmos ali – Já entendi. Muito bem voz. Qual é a próxima fase? – disse ele calmo e se levantado. Ela também se levantou e ficou de mãos dadas com ele.
Por um lado eu fiquei feliz, pois eu havia escolhidos antigos jogadores que podem me ajudar a vencer esse jogo, mas percebi que eles sofreram demais aqui e eu trouxe esse sofrimento novamente.
- Como é lindo rever velhos amigos. – disse a voz engraçada.
- Me poupe voz. Agora sua voz está ridícula. – disse a Alexandro se segurando para não rir – Vamos deixar de brincadeira e fala qual é a próxima fase. – agora ele falava sério. A voz não disse nada e uma porta se abriu.
Eu estava ficando abismada. Como era a voz da Voz antes? De repente eu paralisei no lugar, pois, agora que estávamos indo para a próxima fase que o medo começou a tomar conta de mim. Tudo isso que eu estava vivendo era real.
- Chel. O que foi? – me perguntou a Mariah. Foi com a voz dela que percebi que eles já estavam na porta. Ela veio ao meu encontro e me abraçou. – Pode falar.
- Estou com medo Mari. Acho que não vou conseguir. – as lagrimas começaram a me espaçar dos olhos.
- Calma amiga. É por isso que eu e o Alex estamos aqui. Para te ajudar. – ainda me abraçando, fomos andando até a porta, onde seria a fase seguinte. O Alex estendeu a mão para a Mariah e atravessamos, os 3 juntos, a porta para a fase seguinte.