Um segredo pela vida

Prólogo: Nesse momento me encontro dividido entre uma garota misteriosa, na qual salvou minha vida muitas vezes e no ultimo instante, e a garota instantânea que é muito divertida e carinhosa. Mesmo eu não conhecendo nenhuma das duas pessoalmente, cada uma roubou uma parte do meu coração. O que eu faço?

I capitulo – “Você já se sentiu perseguido?”.

Lá estava eu, no meu quarto estudando minhas falas. Não sabendo o que eu faria assim quando terminasse. Resolvi passar em uma livraria para estudar mais meu personagem. Desci as escadas e abri a porta. Minha mãe gritou:
- Skandar? Aonde você vai? – minha mãe sempre preocupada com a minha existência. Também não é para menos, ser ator não é fácil. Sempre tem as fãs que te adoram e as fãs que te odeiam. Esses dias eu recebi um pedido de casamento e uma ameaça de morte.
- Vou comprar um livro e já volto.
- Certo, mas vai com cuidado e deixe o celular ligado. – era bom de mais para ser verdade.
- OK. Vou indo. – desci para a sala de visita e sai pela porta da frente. Peguei a minha bicicleta e fui para o mercado que se encontrava não muito longe de casa.
Às vezes fico louco da vida por minha mãe ser tão preocupada. Quando ela sai com meu pai, me deixa com uma baba. Acho que ela esqueceu que eu já tenho 19 anos e logo vou para a faculdade. Só não fui ainda porque estou preso em um filme de seqüência, mas assim que eu terminar, vou para a faculdade.
No caminho para a livraria senti uma sensação estranha. Uma sensação de estar sendo perseguido. Que estranho. “Deixa eu voltar logo para minha casa”. Tive que mudar o rumo. Virei à direita e peguei o morro para a livraria que se encontrava no alto.
Continuava com a sensação de estar sendo perseguido. Apertei o passo e finalmente cheguei ao meu destino. A livraria Boa leitura. Prendi minha bicicleta e entrei na loja. Comprei o que precisava e sai, mas algo me acertou por trás e tudo ficou escuro.
Assim que abri os olhos novamente, me encontrei amarrado em um lugar escuro. Vi uma luz flutuando bem ao longe. Ela estava se aproximando. Vi um vulto. Meu coração começou a bater rapidamente. O vulto foi ficando mais claro e um rosto de um homem apareceu quase grudado ao meu.
- Bom-dia! Bela adormecida.
- Onde estou? Quem é você? O que quer?
- Você está no esgoto, ou melhor, em uma sala que fica no esgoto. Sou um cara que não quer ser identificado e te raptei porque minha namorada me pediu e me pagou. Ela te acha um ridículo metido à celebridade. Acha que as celebridades são uns falsos que o mundo não precisa de gente como vocês. O mundo ficaria melhor se vocês não existissem. – esse ai pertence às fãs que me odeiam. Será que é a mesma menina que me mandou uma ameaça de morte? Pode ser. - Então fique quietinho que sua morte vai ser rápida. E se colaborar, indolor. Eu prometo. – dizendo isso ele aponta uma arma para a minha cabeça. Seu dedo já estava no gatilho. Fechei os olhos. Não podia fugir. As cordas estavam muito bem amarradas e apertadas.
- Espere. – eu disse. Tinha que fazer mais uma pergunta. Ele abaixou a arma e eu continuei: - Posso fazer mais uma pergunta?
- Anda logo.
- Era você que estava me seguindo?
- Não. Eu só estava passando pela livraria e te vi lá. Resolvi fazer o que minha namorada pediu. Adeus celebridade. – fechei os olhos imaginando com seria morrer. Ele já estava com a arma apontada novamente para minha cabeça. De repente comecei a ouvir zumbidos de socos para lá e para cá. Abri os olhos e vi uma figura feminina lutando com o cara de face feia. Lutava como se fosse um homem.
A luta terminara. O cara estava no chão com o olho roxo e desacordado. A figura feminina veio para minha direção e me soltou. Não falou nada e foi embora. Levantei-me em um solto e corri para ver se a alcançava. Não tive sorte. Ela já havia ido embora.
Voltei para casa andando. Estava sem as comprar da minha mãe, sem meu livro e sem meu celular. Como ia explicar isso para minha mãe ainda era um mistério. Preso naquele esgota estava sem noção da hora. Agora que estava livre, vi que já estava escurecendo. Minha mãe deveria estar doidinha atrás de mim. Meus braços estavam doloridos e meio dormentes por causa das cordas.
Encontrei com a policia na porta da minha casa. Uma guarda bem nova estava na porta conversando com a minha mãe. Deveria ter uns 17 anos e era estagiaria. Quando aparecia atrás da menina, minha mãe deu um berro e foi me abraçar.
- Ai meu filho! Meu queridinho! Onde você estava? Fiquei preocupadíssima com você.
- Dá para ver. Mãe. Pode me soltar? Meus braços estão doloridos e a senhora está me sufocando.
- Ah! Desculpe, mas você quase me matou de preocupação. Obrigada Ângela por ter vindo aqui.
- Sem problemas Lucy. Esse é meu trabalho. Tchau. Ah! Quase me esqueci. Skandar, me dá um autografo? – fiquei de sobrancelhas erguidas. Que momento para pedir autografo.
- Claro. – disse meio confuso. Assinei o bloquinho que ela estendia para mim e se despediu de mim e da minha mãe. – Mãe! Como à senhora é exagerada. Chamar a policia.
- Você saiu daqui na hora do almoço e só volta agora? Nem ligou para falar nada. O que você acha que eu pensei?
- Tudo bem. E para responder sua pergunta. Fui parar em um esgoto com um loco que faz tudo que a namorada manda. A minha sorte é que uma figura feminina apareceu no ultimo instante e me salvou.
- E você não queria que eu chamasse a policia. Entra e vai tomar um banho. O jantar já vai ser servido.
- O que aconteceu com o almoço?
- Você nunca chagava e tive que me virar com o que tinha. Vai logo.
Tomei meu banho e desci para comer. Depois passei uma pomada para tirar os vermelhões dos meus braços e fui dormir.